Mal acabou o ano, nem mesmo passou o natal e eu já estou pensando nas festas juninas.
Quentão (apesar de eu não gostar dessa bebida. Tem gente que exagera na pimenta e no gengibre), pé de moleque (hum mm! Que delícia!), amendoim torrado... doce de abóbora... Nem quero pensar!!
Parece que já to até vendo as barracas montadas e movimentadas com brincadeiras e prendas e muita gente pipocando. Bandeiras penduradas no teto e uma grande fogueira crepitando e a molecada correndo e soltando traque (o ruim e se eles soltar perto da gente. O som é terrível apesar do tamanho diminuto da bombinha).
Me lembro a primeira e última vez que dancei quadrilha. Tinha uns nove anos. De vestidinho xadrez, sapatinhos no pé, cabelo maria chiquinha , pintas no rosto e com o meu parceiro mais baixo que eu (o moleque nem tinha tamanho e me paquerava, mandava cartinhas de amor. E nem quero lembrar o dia em que minha mãe descobriu), escolhido na última hora porque o menino que ensaiava comigo havia faltado no dia. Lá foi nós dançar, eu e o pequeno polegar, sem tropeços e descompassos, numa noite fresca e com uma multidão nos cercando.
É uma das festas que mais gosto. Onde pessoas se encontram, se confraternizão e os pais e seus filhos se divertem.
Hoje sou só uma espectadora. Mas uma hora dessas eu vou dançar de novo. Vestir um vestido, pintas o rosto, de maria chiquinha e ir pra roça.