Blog da Pri

Em 23 de outubro 2005, a população brasileira, disse não no plebiscito sobre a proibição da venda de armas e munições. Agora o Sr. Presidente do senado José Sarney declarou ser imprescindível um novo plebiscito sobre a proibição da venda de armas. Em sua declaração ele disse: “O que é preciso que se fixe é que nós estamos vivendo uma situação diferente do referendo passado e precisamos de um plebiscito para que o povo nos autorize e o Brasil não possa viver mais com uma política de venda livre de armas”.

A diferença de 2005 para 2011 é que a cada dia os bandidos inventam novas formas de crimes. Que de lá pra cá teve um grande aumento da violência. E também um erro na declaração do senador ao dizer que existe a venda livre de armas. Quem ouve isso pensa que é só o cidadão pegar seu RG e ir numa loja e sair de lá com um 38 na mão. Há tantos trâmites para a aquisição de uma arma. Primeiro se tem que ter o porte de arma e para isso é uma burocracia enorme.

O que deveriam pensar e se preocuparem é com a entrada das armas pelo mercado ilegal. “As armas ilegais”!! Aquelas armas vindas das nossas desprotegidas fronteiras onde não existe uma fiscalização rigorosa ou mesmo inexistentes. Das armas muitas vezes com passagem livre por nossos aeroportos sem infra-estrutura.

Um país que irá sediar grandes eventos esportivos como a copa do mundo de futebol e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, infelizmente nem mesmo para seu povo é capaz de dar segurança e quem dirá para as pessoas que irão participar e assistir esses eventos.

Com a tragédia ocorrida no bairro de Realengo, onde um atirador entrou na escola municipal Tasso da Silveira matou 12 e feriu mais de dez, serviu de gatilho para que o governo crie uma cortina de fumaça para encobrir realmente o problema que existe nesse país há muito tempo.

O que políticos como José Sarney não querem que eleitores vejam é a falta de investimento que afeta seriamente a segurança no Brasil. Querem vendar os olhos do brasileiro que por uma justiça falida foi responsável pela morte dos adolescentes de Luziânia, quando um juiz libertou um homem sem qualquer possibilidade de viver na sociedade.

Ao invés de que seja realizado um novo plebiscito sem importância alguma ao qual já foi votada, deveriam rever as arcaicas leis que regem nesse país. Desenterrar leis que são tão necessárias que há muito tempo estão na fila da espera, e tudo porque eles deram maior prioridade para a votação do aumento de mais de 60% dos seus próprios salários.

O que se tem de ver é que por falta de investimento e de uma política correta, tantas tragédias como de Realengo e entre outras, poderiam ser evitadas se nesse país fosse tudo às claras e nos conformes e não ser políticos como Sarney que usa massacres, assassinatos e as tragédia das família para se promover.